Equipe de resgate ainda encontrou um animal morto.
Número de mamíferos 'presos' chega a 177 somente no último mês.
Um grupo de 10 golfinhos foi salvo por equipes de resgate em uma
enseada em Wellfleet, cidade dentro do estado de Massachusetts, no
nordeste dos Estados Unidos.
O salvamento aconteceu na terça-feira (14) e foi conduzido por membros
do Fundo Internacional para o Bem Estar Animal (IFAW, na sigla em
inglês).
A região onde os animais se encontravam é acessível apenas a pé. A
equipe de resgate precisou enfrentar muita lama, conchas e plantas
típicas de pântano que atrapalhavam o caminho. Ao chegarem, um dos
golfinhos estava morto, mas os outros 10 resistiam com saúde ao encalhe.
Uma das alternativas para salvar golfinhos nessas condições é
transportá-los até um trailer com um tanque de água. No caso dos
golfinhos de Wellfleet, localizada em uma extensão de terra cercada por
água marinha conhecida como Cabo Cod, o principal problema era a
distância do veículo: 1,6 quilômetro.
Mas o grupo resolveu optar por simplesmente esperar a maré encher
novamente até que barcos conseguissem rebocar os golfinhos de volta a
uma região suficientemente profunda no mar local. Essa estratégia traz
riscos, já que esses mamíferos não sobrevivem muito tempo fora da água e
nem sempre há garantia de que os barcos consigam puxar os animais de
volta.
Os cientistas não conseguem explicar a recente onda de encalhes no Cabo
Cod, que já presenciou 177 animais presos na lama, sem conseguir nadar,
somente no último mês. Desses, 124 morreram. O número é cinco vezes
maior do que a média de golfinhos encalhados anualmente na região no
últimos 12 anos.
Golfinhos são atendidos por equipe de resgate em Cabo Cod, nos EUA. (Foto: AP Photo)
Encalhe recorde de golfinhos nos EUA preocupa ambientalistas
No nordeste do país, 129 animais foram resgatados desde janeiro. Apenas 54 sobreviveram; causas do encalhe ainda são desconhecidas.
Ambientalistas da organização Fundo Internacional para o Bem Estar
Animal (IFAW, na sigla em inglês), divulgaram nesta segunda-feira (6)
que 129 golfinhos foram encontrados encalhados na costa nordeste dos Estados Unidos desde o início de janeiro, número mais alto já registrado nesta região.
Os ecologistas dizem que conseguiram devolver ao mar 37 dos 54
golfinhos resgatados com vida. Os 75 mamíferos aquáticos restantes foram
encontrados mortos ou tiveram de ser sacrificados devido ao estado
precário de saúde
De acordo com Katie Moore, pesquisadora do IFAW, embora seja comum
encontrar golfinhos e focas encalhadas na região de Cape Cod, no estado
de Massachussets, a cifra registrada em 2012 é algo considerado
“extraordinário”.
Membros
da organização ambiental IFAW, dos Estados Unidos, trabalham no resgate
de golfinhos encontrados encalhados na região de Provincetown, em
Massachussets, em janeiro deste ano. (Foto: IFAW/Handout/Reuters)
“A média anual de encalhes desses animais é de 228 nos últimos 12 anos
na região Nordeste – que se estende da Virgínia até Maine”, disse.
Porém, segundo ela, apenas nas primeiras semanas deste ano a quantidade
registrada é mais da metade do que é registrado em 12 meses.
Até o momento, as causas deste fenômeno são desconhecidas. Katie disse
que foram feitas autópsias nos animais, mas nada foi detectado. Em nove
golfinhos que devolvidos ao mar foram implantados dispositivos de
localização por satélite, que colaborará com pesquisas da organização
ambiental, além de informar a rota.
Desde
o começo do ano, 129 golfinhos ficaram encalhados no nordeste dos EUA
por motivos desconhecidos. O número preocupa ambientalistas. (Foto:
IFAW/Handout/Reuters)
Sessenta golfinhos encalham na costa dos EUA
O episódio é um dos maiores casos de atolamento da espécie em anos. Os animais começaram a aparecer na costa de Cape Cod na quinta-feira.
Ativistas do bem-estar animal se disseram perplexos com dezenas de
golfinhos que estão nadando em direção à terra, ao longo da costa de
Cape Cod, sul de Boston, nos Estados Unidos, desde o fim da semana passada. É um dos maiores casos de golfinhos atolados em anos.
Cerca de 60 animais ficaram encalhados ao longo de 40 km de costa de
Cape Cod desde quinta-feira (12), de acordo com o Fundo Internacional
para o Bem-Estar Animal (IFAW).
Até agora, 19 golfinhos foram resgatados e liberados. Alguns dos 27
golfinhos que encalharam vivos não sobreviveram, disse Karie Moore,
gerente do IFAW para a busca e resgate de mamíferos marinhos. Ela estima
que outros 32 já estavam mortos quando atingiram a costa.
Equipes
de resgate tentam salvar golfinhos que atolaram em Cape Cod, sul de
Boston, nos Estados Unidos (Foto: Julia Cumes/IFM/Handout/Reuters)
Moore também disse que o padrão de encalhe verificado em 2012 é
diferente dos anos anteriores, quando apenas um golfinho ou um grupo
seriam achados em uma única praia. "Parece que há um encalhe após o outro", disse ela. "É definitivamente algo fora do normal".
Os golfinhos começaram a encalhar na quinta-feira, quando um único
golfinho ficou preso perto da cidade de Wellfleet, Massachusetts, disse
Kerry Branon, porta-voz da IFAW. No sábado, o dia mais corrido para os profissionais que fazem o
resgate, pelo menos 37 golfinhos foram encontrados em cinco cidades ao
longo de Cape Cod, disse Branon. A temporada de janeiro a abril é a mais comum para encalhes de golfinhos.
Segundo ela, Cape Cod está entre os lugares do mundo onde o fenômeno
mais aparece. Ele tem ocorrido há séculos, mas pesquisadores ainda estão
tentando determinar o que leva os golfinhos para a baía de Cape Cod
nesta época do ano. As ações em grupo tendem a ocorrer, em parte, porque os golfinhos agem
de acordo com uma mentalidade coletiva. Muitos animais podem seguir um
único espécime até águas rasas.
Os animais, que tendem a ficar presos em uma área com forma de gancho
na baía de Cape Cod, são analisados na área por profissionais que fazem o
salvamento e, em seguida, são transportados e liberados em águas
profundas da área oceânica.
Biológos marinhos procuram por sinais de estresse e condições físicas,
entre outros, e colocam identificadores nos golfinhos antes de
liberá-los. Alguns animais também recebem identificadores que captam movimento e transmitem os dados para os pesquisadores, disse Branon.
Moore disse que o episódio de golfinhos encalhados nas praias lembra o
inverno de 2005-2006, quando golfinhos se atolaram por um período de
mais de 40 dias. A equipe de seis profissionais do IFAW que responde por mamíferos
marinhos, além de mais de 300 voluntários, vão continuar a monitorar a
área em busca de novos golfinhos encalhados.
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