Mark
Uhen, paleontologista do Museu de História Natural, em Tuscaloosa, do
estado de Alabama nos Estados Unidos encontrou evidência de que antigas
espécies da baleia Georgiacetus nadavam usando duas pernas traseiras. Como mostra a ilustração do Instituto Smithsonian. Uhen começou analisando ossos fósseis encontrados por arqueólogos amadores. As
amostras que lhe trouxeram haviam sido encontradas nas margens de rios
nos estados do Alabama e do Mississipi e eram de ossos da antiga baleia
Georgiacetus cujo habitat havia sido próximo ao Golfo do México, há 40
milhões de anos, na época em que o estado americano da Flórida ainda
estava quase totalmente submerso. Estas baleias atingiam aproximadamente 4 metros de comprimento e tinham dentes muito pontiagudos.
Sabe-se
que os ancestrais das baleias andavam sobre quatro pernas, assim como
outros mamíferos e eram animais semi-aquáticos. Com o tempo eles vieram a
ser animais aquáticos e as pernas da frente viraram nadadeiras,
enquanto perderam as ancas e pernas de trás. Os vertebrados conhecidos do homem hoje são capazes de nadar usando uma grande variedade de técnicas. As
mais conhecidas são: o pedalar com os quatro membros, pedalar só com os
membros traseiros, ondular os quadris, ondular a cauda e oscilar com a
cauda. Tudo indica que estes novos fósseis possam explicar melhor a evolução da maneira de nadar das baleias.
Este ainda é um dos grandes mistérios no estudo e na compreensão da anatomia e evolução do maior mamífero aquático. Descobrir
quando as baleias se transformaram para se adaptarem melhor à água está
sempre presente nos estudos sobre evolução da vida no nosso planeta. Muitas
baleias de hoje ainda mostram traços de uma pélvis e há algumas
baleias, que nascendo com algumas características recessivas, nascem com
vestígios de pernas traseiras. Com os estudos de Mark
Uhen a baleia Georgiacetus parece ser um passo na evolução: mostra
indício de ter nadado com a oscilação dos quadris.
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