Sinais químicos aproximariam bactérias que promovem crescimento. Técnica pode auxiliar na redução da dependência de fertilizantes.
Estudo conduzido por cientistas britânicos afirma que as plantas emitem
cheiros para atrair bactérias e micro-organismos que vivem no solo e
ajudam no desenvolvimento.
De acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24) na revista
científica “PLoS ONE”, sinais químicos foram detectados em plantações de
milho e seriam uma espécie de perfume liberado para atrair bactérias
benéficas. A descoberta pode auxiliar na criação de novas técnicas de
cultivo sustentáveis, sem a dependência de agrotóxicos ou fertilizantes.
De acordo com Andrew Neal, um dos autores do estudo, evidências apontaram a forte presença da bactéria Pseudomonas putida, que, atraída pelo cheiro, leva nutrientes importantes à raiz da planta do milho e também compete com bactérias nocivas.
Segundo os pesquisadores, as raízes de plantas jovens de milho exalam
grandes quantidades de produtos químicos conhecidos como “BXS”, que
auxiliam o vegetal na defesa de pragas acima do solo, no caule e nas
folhas.
Porém, esse composto também atrai as bactérias benéficas, que ajudam a
desintoxicar a região da raiz. Os cientistas querem aprofundar os
estudos sobre os micro-organismos e verificar como influenciam na
qualidade do solo e no crescimento dos vegetais.
Lavoura
de milho em Santa Rosa (RS). Cientistas britânicos descobriram que
planta emite cheiros para atrair microorganismos à raiz que ajudam no
desenvolvimento do milho. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
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