Fonte: Sayonara Cristina
Com aproximadamente
1,20 Comprimento, um filhote de peixe-boi marinho foi encontrado morto na
Prainha do município de Grossos por volta das 07h00min, nesta manhã de quarta
feira. Que por razões desconhecida o corpo do mamífero foi avistada por
balseiros e ribeirinhos que moram próximo ao local. Os
técnicos do projeto Cetáceos da Costa Branca, recolheram o mamífero e
levaram para a base na praia de Upanema, em Areia Branca, onde será analisado
por veterinários do projeto de monitoramento, para descrever de forma precisa o
motivo que realmente levou o manati a óbito.
Cetáceos da Costa Banca é um projeto de pesquisa,
conservação e monitoramento ambiental costeiro marinho que atua na região da
Costa Branca, litoral do Rio Grande do Norte. Os monitores e técnicos do
programa atuam no atendimento de encalhes de mamíferos marinhos, resgates de
tartarugas marinhas e aves marinhas. É também responsável pela investigação dos
impactos de atividades humanas sobre a biota marinha e ainda promovem
atividades educativas nas comunidades de pescadores da região da Costa Branca.
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e Petrobras são financiadores
desse projeto.
Os motivos de sua morte ainda permanecem em aberto,
mas segundo os moradores que testemunharam o fato, acredita em algumas
possibilidades, tipo: barulho e acidentes com embarcações, por ser neonato e
tenha se perdido da mãe, doenças ou até mesmo por está com fome por ter ficado
encalhado a madrugada toda. Segundo Rodrigo Xavier e Sayonara Cristina, onde
ambos são agentes de saúde do município de Grossos, acredita que o peixe-boi
foi arrastado pela correnteza, enquanto a maré estava cheia. Mas, à medida que
a maré foi baixando o animal que se encontrava fragilizado, acabou se prendendo
nas madeiras do trapiche até chegar a óbito.
NOÇÕES
BÁSICAS SOBRE A BIOLOGIA DO PEIXE-BOI MARINHO
O peixe-boi marinho, pertence a ordem
Sirenia, e é um animal robusto de médio porte, podendo chegar a quatro metros
de comprimento e pesar até 600Kg. Tem pele grossa, de cor acinzentada ou
amarronzada, com poucos pelos finos espalhado pelo corpo, suas nadadeiras
peitorais são pequenas e possuem de três a quatro unhas nas extremidades, sua
cauda é arredondada e achatada em forma de remo. Tem olhos pequenos e focinho
curto, com pelos grossos que tem função sensorial. A espécie ocorre apenas em águas
costeiras e alguns estuários, desde a Florida, nos Estados Unidos, até o
Nordeste do Brasil.
Habitam preferencialmente águas com ate
cinco metros de profundidade, onde formam bancos de algas e fanerógamos marinhos
(capim-agulha) e olhos d’águas (olheiros).
É uma espécie que não forma grupos
estáveis, com exceção das fêmeas com seu filhote. Grupos só são observados
durante a reprodução ou em locais de alimentação. A fêmea da a luz a primeira
vez com a cerca de cinco anos de idade, depois de treze meses de gestação seus
filhotes mama até dois anos de idade, quando é completamente dependente da mãe.
Áreas estuarianas são de extrema
importância para o peixe boi marinho, principalmente para o nascimento dos
filhotes, as fêmeas gravidas procuram estas áreas calmas e rasas para dar à
luz. Uma vez que os filhotes precisam de ajuda da mãe para nadar, subir e
respirar.
No Nordeste do Brasil, a destruição dos
estuários para o empreendimentos turísticos, salinas e fazendas de cultivos de
camarão, tem tornado os rios tão rasos a ponto de não permitir a entrada das
fêmeas.
Acabam por dar a luz em mar aberto, onde
o filhote não consegue se manter perto de sua mãe e acaba encalhando. Estes
encalhe são, atualmente a maior ameaça ao peixe-boi marinho no Brasil, onde a
espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção. Como o número de
peixe-boi na natureza é muito pequeno, é provável que ao espécie desapareça do
Brasil se suas habitat não forem protegidos.
Prof. Erivaldo L. Gomes
vc como pesquisador é o show e suas descoberta são incriveis, vc é nosso mestre da biologia..
ResponderExcluirObrigado! Mais uma vez, entendam que faço tudo isso por vocês que também são futuros biólogos.. e que precisam de estímulo para viajar nessa carruagem do saber!!!
ResponderExcluirParabéns pela postagem, está muito boa
ResponderExcluirObrigado! Faça parte você também dessa aventura...
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